Cidade da Música
A música é uma das expressões culturais que caracterizam Salvador, destacando-a de maneira mais criativa. Aqui nasceu o mestre Caymmi. E foi onde Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia encontraram terreno fértil para os Doces Bárbaros. E o que dizer dos nossos eternos Novos Baianos? O mestre João Gilberto começou sua vida de artista aqui em Salvador.
Dodô e Osmar inventaram a Fobica, que evoluiu para o trio elétrico, e de Armandinho ganhamos a guitarra baiana. No rock’n roll destacamos Raul Seixas e a banda Os Panteras e o Camisa de Vênus. Um pouco mais adiante criamos um ritmo: o samba-reggae, pelas mãos do maestro Neguinho do Samba. Carlinhos Brown surgiu com a Timbalada. E o que dizer da voz de Virgínia Rodrigues? O talento do guitarrista Alex Mesquita, do pianista e maestro Alfredo Moura?
A música é utilizada como elemento de inclusão e estímulo à criatividade musical de crianças e jovens, a exemplo da Escola de Música do Olodum, do Ilê Ayiê, da Escola Pracatum, da Oficina de Frevos e Dobrados do maestro Fred Dantas, da Orquestra Neojiba, da Didá Escola de Música Feminina e do Bagunçaço, entre outros.
Há ainda a música instrumental do Grupo Garagem, do Jurassik Quartet, o Jazz no MAM, o Festival de Música Instrumental. Na cena contemporânea temos a criatividade da Baiana System, Dr. Cascadura, Márcia Castro, Marcela Bellas, Juliana Ribeiro, Larissa Luz, Pitty e Diamba, só para citar.
Entre os nomes já consagrados temos Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Carla Visi, Cláudia Leite, Tatau e Carlinhos Brown, entre muitos. São tantos artistas que se expressam através da música, que seria impossível listar todos.
E como não falar da capoeira. Apesar de difundida em todo o Brasil, encontra suas raízes africanas em Salvador. No Pelourinho, no Mercado Modelo, no Farol da Barra e em diversos outros pontos da cidade é possível ver uma roda de atletas exibindo com destreza os golpes ritmados da luta. O melhor lugar na cidade para apreciar a arte dos capoeiristas é o Forte de Santo Antônio Além do Carmo. A antiga prisão hoje abriga escolas de capoeira, tanto do estilo angola (mais lenta e presa ao chão) – como as de Mestre Curió e Pastinha, quanto a escola regional (mais rápida e de movimento aéreos), da qual Mestre Bimba foi um dos maiores defensores.